Às vezes sou emocional... sou sentimental... sou nostálgico.
Não raro, me pego pensando no passado, nos momentos que já se foram...
E esses dias, pensando na minha vida, no que está acontecendo comigo, e sabendo dos acontecimentos na vida de pessoas que estiveram, por um bom tempo, presentes em minha vida, coloquei-me a recordar a vida...
... é bem estranho saber que aquela menina que você conheceu com oito anos (ou seja, há quase vinte anos), casou-se...
... é bem estranho parar e observar que aquela turma que você jogava bola quando tinha quinze, dezesseis anos, cresceu, cada um seguiu seu caminho...
... sei lá, talvez eu que seja muito nostálgico, talvez eu que ache, às vezes, que o tempo passa tão depressa que dá vontade de parar os ponteiros do relógio e voltar...
Sim, eu sei que a vida segue, que crescemos, que amadurecemos, é o ciclo da vida.
Ah, mas como é bom recordar o passado, lembrar de tudo o que já se foi, os bons (e maus) momentos vividos, tudo o que já se aprendeu, os planos feitos que deram certo, os planos feitos que deram errado...
Dentro dessa estranheza toda que sinto, vem a saudade, acompanhada de uma gostosa sensação de bem estar, ao saber que aquelas pessoas que, um dia, passaram por sua vida, estão bem, felizes, tocando em frente.
E, se não me entendo com essa mania irritante que o tempo tem de fazer a vida seguir e transformar o presente em passado, fato é que esse mesmo tempo me permite, no presente, sempre reviver um pouquinho do meu passado, ainda que em um outro momento, um outro lugar, com outras pessoas.
Tocar em frente é bom, mas melhor ainda é tocar em frente sem deixar que o passado simplesmente vire passado!
Sinto falta, tenho saudade de tantas pessoas que passaram por minha vida; mas sou grato por ter tido a oportunidade de conhecê-las, pois quando o passado vira presente, sem pedir licença ou autorização, ainda que sentimentalmente, me reencontro com tantos amigos que já passaram pela minha vida!
Sim, sou nostálgico, emocional, sentimental. Mas esse tipo de coisa não dá para escolher, jogar fora ou tirar. Vem de fábrica, faz parte da essência e, graças a Deus, está instalado nesse coração que insiste em , a cada dia que passa, viver mais e mais a vida, sem medo de ser feliz!
Elis, Tom & a turma do bom-gosto
Há 7 meses